terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fungos


  Durante muito tempo os fungos foram considerados plantas. Hoje em dia já fazem parte de um reino diferente, o Reino Fungi. O Reino Fungi é dividido em cinco filos: Oomycota, que compreende os fungos aquáticos; Zygomycota, os fungos terrestres; Ascomycota (as trufas, bolores verdes, amarelos e vermelhos); Basidiomycota (os cogumelos, ferrugens e carvões); Deuteromycota (fungos do tipo Penicillium). Existem muitas especies de fungos, a maioria deles são terrestres.
  A origem dos fungos não é bem conhecida, mas supõe-se que existiam ancestrais do tipo protista. Os fósseis de fungos são frequentemente impossíveis de identificar, pois não temos a informação sobre a sua ecologia ou a sua reprodução, crucial para a moderna taxonomia dos fungos.
  Os fungos, tal como as bactérias e alguns protistas, são os decompositores da biosfera, sendo a sua função tão primordial como a dos produtores. A decomposição liberta dióxido de carbono para a atmosfera, bem como compostos azotados para o solo, onde podem novamente ser utilizados pelas plantas e, eventualmente, pelos animais. Especialistas dizem que cerca de 20 cm superiores do solo fértil contêm mais de 5 toneladas de fungos e bactérias, por hectare.
  Os fungos são organismos eucariontes, maioritariamente multicelulares, embora alguns possam ser unicelulares que é o caso das leveduras.
  Todos os fungos são heterotróficos, como não apresentam pigmentos fotossintéticos não podem fabricar matéria inorgânica a partir de carbono inorgânico, e são essencialmente terrestres, alimentando-se por absorção.

Consoante o tipo de alimentação os fungos são divididos em quatro grupos:
Fungos Saprófitos são aqueles que vivem sobre a matéria orgânica morta. São de grande importância nos ecossistemas, pois são decompositores, reciclando os elementos químicos vitais, tais como, carbono, fósforo, azoto entre outros.
Fungos Simbiontes estabelecem relações simbióticas com seres autotróficos, tornando-os mais eficientes na colonização de habitats pouco hospitaleiros. Temos como exemplo os líquenes, com estas relações permitem-lhes sobreviver em locais sem condições. As micorrizas, que são associações entre as hifas e as raízes de árvores, tiveram um papel importante na colonização do meio terrestre. Estas também ajudam na protecção das raízes contra infecções por parte de outros micro-organismos do solo.


Fungos Parasitas, estes retiram o alimento do corpo dos hospedeiros, prejudicando-os e causando-lhes doenças, não os matam, mas retardam o seu crescimento.


Fungos Predadores, estes capturam e alimentam-se de pequenos animais vivos que vivem no solo.


   

  A maioria dos fungos apresenta dois tipos de reprodução:
·        Reprodução assexuada – ocorre através de fenómenos mitóticos de fragmentação, gemiparidade (em fungos unicelulares) e esporulação (em fungos multicelulares).
·        Reprodução sexuada - designa-se por conjugação. Só ocorre em condições desfavoráveis, nos fungos predomina a haplofase.

Importância dos fungos
  Os fungos são utilizados em diversas indústrias humanas, nomeadamente a panificação, cervejeira, farmacêutica e alimentar, entre outras.
  No entanto, apesar de todas as associações vantajosas para o Homem, os fungos podem provocar enormes devastações, bastando referir que cerca de 30 a 40% das culturas agrícolas anuais da Terra são destruídas por fungos.
  Os fungos estão em todo o lado, mas nem sempre dão origem a doenças, pois as infecções micóticas são oportunistas, ocorrem em situações de desequilíbrio, como quando o organismo já se encontra doente por outras causas.
  As conhecidas micoses são extremamente difíceis de tratar, como são seres eucariontes a maioria dos antibióticos eficazes afectam as células humanas.
 
Jéssica Filipa Correia

 

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